terça-feira, 27 de março de 2012

José Agripino afirma que assessor 'é primo em 6º grau'

O senador José Agripino Maia (DEM) foi incluído na lista de parlamentares que são responsáveis pelo emprego de 78 parentes no Senado. O levantamento foi feito pela revista Época e divulgado na edição desta semana da publicação. No caso do senador potiguar, o emprego é do "primo distante", como a própria revista caracterizou, Ivanaldo Oliveira Maia.

                                 Moreira Mariz


Senador José Agripino assegura que não houve irregularidade

Em nota, o presidente estadual do Democratas confirmou a nomeação, mas ressaltou que o caso não se enquadra na vedação de nepotismo feita pela súmula do Supremo Tribunal Federal. "O parentesco do servidor Ivanaldo Maia Oliveira com o senador José Agripino é de sexto grau (primo em sexto grau)", diz a nota enviada pela Assessoria do senador do DEM.

Na matéria, a revista Época classifica o emprego de primos como a "nova modalidade de nepotismo". O senador Francisco Dornelles (PP-RJ) é apontado como o campeão. Ele nomeou dois primos, Fernando Neves Banhos e Susana Neves Cabral, ex-mulher de Sérgio Cabral (PMDB). Além dele, os piauienses João Vicente Claudino (PTB) e Wellington Dias (PT) são citados na revista. Aparecem ainda Cícero Lucena (PSDB-PB), Flexa Ribeiro (PSDB-PA) e Roberto Requião (PMDB-PR), além do potiguar José Agripino.

Todos empregam primos na Casa. Os salários variam de R$ 1.600 a R$ 19 mil. Há inclusive quem trabalhe sem bater ponto, ou seja, sem controle de horário. Esses são os que fazem parte de um regime intitulado Regime Especial de Frequência (REF).

Segundo a revista Época, a segunda modalidade de neonepotismo no Senado é o emprego de parentes de suplentes - aqui a criatividade anda mais solta. Nem sempre o parente do suplente é contratado pelo senador titular da chapa, como no caso de Rui Parra Motta, segundo suplente do senador Acir Gurgacz (PDT-RO). Um filho de Parra Motta, Caio, está lotado no gabinete do próprio Gurgacz. Seu irmão, Moacyr, trabalha no escritório de apoio de outro senador de Rondônia, Valdir Raupp (PMDB). Na bancada de Mato Grosso do Sul, há um caso parecido.

O senador Waldemir Moka (PMDB-MS) empregou Gustavo Figueiró num escritório de apoio. Figueiró é primo de segundo grau de Ruben Figueiró de Oliveira, segundo suplente da senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), que renunciou para ocupar o cargo de conselheira do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul.

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