quinta-feira, 8 de março de 2012

8 DE MARÇO – Dia Internacional da Mulher

Abaixo, texto escrito por Maria Goreth Orrico, de Santo Antônio do Salto da Onça, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher.

8 DE MARÇO – Dia Internacional da Mulher 

A eleição de Dilma Rousseff à presidência da República é uma espécie de marco civilizatório no País. Nós tivemos o ineditismo da eleição do primeiro presidente-operário em 2002, reeleito em 2006, e em 2010 o ineditismo da eleição de uma mulher. Este feito, muito provavelmente, só será avaliado em sua devida dimensão, mais à frente, mas, em todo caso, podemos arriscar um pouco e falar do quanto ele significa.
A violência e a natureza conservadora, medieval, dos ataques não conseguiram demover o povo brasileiro de garantir que o projeto político iniciado em 2003, com a posse do presidente Lula, continuasse, e não conseguiram assustar o povo brasileiro que não temeu ser governado por uma mulher. Hoje 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, cabe lembrar isso. Cabe lembrar que agora as mulheres podem tudo e vão seguramente ocupar mais e mais espaço no cotidiano da vida brasileira e também, esperamos, na vida política e cultural. O primeiro ano do governo da presidenta Dilma têm evidenciado toda sua capacidade e assustado nossos adversários. Dessa capacidade nós sabíamos de cor. Os nossos adversários é que ignoravam, ou fingiam ignorar.
É longa a luta das mulheres brasileiras. Só no Império ganham o direito de chegar à Universidade. Só nos anos 30 do século passado ganham o direito de votar. E amargaram ao longo dos séculos uma impressionante discriminação e marginalização. Não custa lembrar que vivemos quase 400 anos sob a escravidão e do que isso significou para as mulheres negras. E não podemos dizer, apesar dos inegáveis avanços, que ainda não haja discriminação e preconceito e marginalização das mulheres.
São as mulheres que têm os piores empregos, especialmente as mulheres negras. São elas as mais afetadas pelo desemprego. São afetadas pelas duplas jornadas de trabalho. E são vítimas da violência cotidiana, violência que se expressa das mais variadas maneiras como decorrência de um espírito machista ainda não superado entre nós.
E, para pensar de outra maneira, são elas as principais responsáveis pela criação e educação de nossas crianças e adolescentes, e aqui, se há a carga da responsabilidade e de trabalho, há, também, a esperança. Elas assumem suas responsabilidades com amor, carinho, dedicação, e por isso as políticas públicas em andamento desde 2003 dão a elas a responsabilidade principal. A confiança nelas é muito maior, especialmente porque nunca abandonam seus filhos.
Está certa a Deputada Luci Choinack, do nosso partido, quando diz que a pobreza e a miséria neste país têm cor e sexo. E que as mulheres, especialmente as negras, são as mais empobrecidas. Um País democrático reclama mulheres cada vez mais participativas, altivas, com emprego, com qualificação, e em condições de dar uma educação digna a seus filhos. O País será tanto mais humano e civilizado quanto a liberdade e a autonomia das mulheres crescerem. Será tanto mais democrático quanto a participação das mulheres crescerem. E crescer em todas as áreas, inclusive na política.
É inegável que a mulher vem ocupando espaços. É verdade que a capacidade delas vem evidenciando que não é mais possível ignorá-las. Mas é inegável, também, que ainda há um longo caminho a percorrer para que homens e mulheres convivam em condições de igualdade. Com a Presidenta Dilma na presidência, creio que nós caminharemos de modo mais acelerado para que isso seja uma realidade. Viva o Dia Internacional da Mulher. Viva as mulheres santoantonienses. Viva as mulheres brasileiras.
 

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