O dia 02 de março de 2012 teve um significado especial para mim: em meu último ano de juventude, após militar por quase 15 anos na JPT, concluí um ciclo, finalizando a minha gestão à frente da instância de representação estadual do maior Partido de esquerda da América Latina.
A grande responsabilidade que sabia que assumiria a partir do momento que aceitasse tal desafio, fez com que eu acabasse por oferecer resistência por certo tempo, mas o chamado do meu campo político, a quem remeto inicialmente o meu sincero agradecimento, me sensibilizou, na perspectiva de trilhar um caminho que viesse a contribuir cada vez mais para a unidade e consequente fortalecimento do conjunto da juventude petista.
Conforme imaginei, as tarefas que tínhamos pela frente eram desafiadoras, o que fez delas também carregadas de motivação. Iniciávamos a gestão, após o 1º Congresso da JPT, provocados a superar o modelo setorial de organização e apresentar uma forma de, digamos, funcionamento que possibilitasse prioritariamente ampliar o diálogo com as diversas juventudes, organizadas ou não, fazendo da Juventude do PT a mesma referência que é o Partido dos Trabalhadores para o conjunto da sociedade.
Considerando que era, de certa forma, tudo muito novo, fomos juntos elaborando esse modelo e aprendendo com erros e acertos. O saldo, sem dúvida alguma, é positivo! Vencemos a burocracia e partilhamos responsabilidades e vitórias das nossas ações; tornamo-nos referência no debate sobre Política Pública de Juventude; aprofundamos a sintonia da nossa atuação no Movimento Estudantil; ocupamos os movimentos, ruas e espaços públicos em defesa das nossas cidades e Estado; em cada ação, reiteramos para o Partido dos Trabalhadores a relevância da nossa intervenção, nos vendo, por diversas vezes, estabelecendo o tom da sua atuação.
Forjada, principalmente, na militância da JPT (resguardada a participação essencial da Rede de Jovens do Nordeste e do movimento estudantil secundarista), posso dizer que esse último período, em especial, deixa em mim marcas que serão levadas (e lembradas) em qualquer dos espaços atuais e futuros de atuação. Por isso, quero agradecer aos (às) companheiros (as) que estiveram ao meu lado nessa caminhada, de todas as forças políticas que compõem o PT, sem citar nomes para não ser injusta, por haverem me oportunizado a convivência com a diferença como qualidade da nossa intervenção, permitindo que tenhamos sempre capacidade de avançar ao encontro daquele que nos é objetivo comum: o socialismo!
A JPT se encontra hoje num outro patamar, seja na relação interna com o conjunto do Partido, seja na relação externa com o conjunto das juventudes, assim como os desafios se renovam. Mas é com a certeza da nossa competência para reagir às novidades, que participei do ato de posse da nova Direção Estadual da Juventude do PT, convicta de que estamos e estaremos sempre à altura de representar a cultura política capaz de construir um novo Brasil.
Permaneço à disposição para contribuir com a juventude do PT, pedindo licença para priorizar a Secretaria Estadual de Comunicação do Partido a mim confiada, com a qual conciliei até aqui a minha contribuição enquanto dirigente.
Finalizo, desejando sucesso na gestão aos que agora assumem o comando da Juventude Petista, em especial ao Secretário Estadual da JPT, Bruno Costa, que terá um papel fundamental na condução desse time.
Berna Azevedo
Secretária Estadual da JPT/RN
(gestão 2008 – 2011)
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