Car@s Amig@s, sou filiado ao PT e optei dispor um pouco de dedicação ao Setorial de Combate ao Racismo e Igualdade Racial PT/RN. Porém, estou informando que este blog é pessoal. Assim sendo, as postagem nele contidas são de responsabilidades minha e não do Coletivo do PT/RN. Agradeço a tod@s pela compreensão.
sexta-feira, 31 de julho de 2015
Histórico e Relatório de Atividades Instituto Lula - Parte 02
Nova fase
Ao terminar o segundo mandato presidencial, em janeiro de 2011, Lula reuniu colaboradores e companheiros históricos para discutir o prosseguimento de sua trajetória de mais de 30 anos de luta por justiça e inclusão social. Dessas reuniões nasceu a ideia de retomar as atividades do Instituto
Cidadania, agora na perspectiva de aprofundar o processo de transformação social iniciado no Brasil em 2003.
Em sua nova fase, o instituto definiu três frentes de ação que caracterizaram a projeção internacional do Brasil no governo do ex-presidente Lula: o aprofundamento das relações com os países da África, o avanço da integração latino-americana e o combate à fome no mundo.
Coube também ao instituto organizar e preservar o acervo de documentos pessoais do período presidencial, cumprindo o que determina a Lei 8.394, de 1991. Essa lei dispõe que os ex-presidentes
da República são responsáveis pela preservação e pelo acesso ao material de interesse histórico acumulado no período de governo.
Incorporando estes novos objetivos, a partir de 15 de agosto de 2011, o antigo Instituto Cidadania passou a se chamar Instituto Lula, e continuou funcionando no mesmo endereço do bairro Ipiranga, em São Paulo. Preservou também a característica de ser uma entidade sem fins lucrativos, mantida por contribuições voluntárias de pessoas físicas e jurídicas.
Ao longo desse período, participaram de atividades no instituto estudiosos, acadêmicos, sindicalistas,
empresários, jovens, religiosos, embaixadores, artistas, técnicos e produtores culturais, ativistas de redes sociais, blogueiros, jornalistas, representantes de movimentos sociais, de ONGs e dirigentes, além de autoridades e governantes do Brasil e de muitos outros países.
Fonte: http://zip.net/bsrKjK
quinta-feira, 30 de julho de 2015
Histórico e Relatório de Atividades Instituto Lula - Parte 01
25 anos dedicados à transformação social Histórico e Relatório de
Atividades
Do Instituto dos Trabalhadores ao
Instituto Lula, 25 anos dedicados à transformação da sociedade brasileira
O Instituto Lula, desde sua primeira fase,
tem uma história de quase 25 anos dedicados a apoiar a transformação da
sociedade brasileira, superar a desigualdade, promover o desenvolvimento e
apoiar a construção da democracia no Brasil e no mundo.
Tudo começou com a experiência do chamado
“Governo Paralelo”, um instrumento de ação política para o exercício de uma
oposição qualificada ao recém-empossado governo Collor. Ele pretendia manter
articuladas as forças políticas que se uniram em torno da candidatura de Lula
nas eleições presidenciais de 1989 e empreender uma fiscalização democrática da
nova gestão.
Esse movimento resultou na elaboração de
diversas propostas de alcance estratégico, a partir de intensos debates com a
participação de expoentes da cultura, da ciência e da oposição
democrático-popular.
Entre eles, importantes intelectuais e
estudiosos, como Antonio Candido, José Gomes da Silva, Carlos Nelson Coutinho,
José Paulo Bisol, Márcio Thomas Bastos, Cristovam Buarque, Luiz Pinguelli Rosa,
Walter Barelli, Marilena Chauí, Francisco de Oliveira e Aziz Ab’Saber.
No dia 7 de setembro de 1990, essas
atividades iram dar origem ao Instituto de Pesquisas e Estudos dos
Trabalhadores, Ipet. Sob a presidência de Lula, entre seus principais objetivos
estava o de “analisar políticas governamentais nas áreas da educação, saúde e
cultura, elaborando propostas alternativas orientadas pelos interesses dos
trabalhadores”. Em setembro de 1993, o Ipet instalou-se num sobrado branco no
bairro do Ipiranga e passou a se chamar Instituto de Pesquisa e Estudos da
Cidadania.
Ele iria realizar dezenas de encontros,
seminários e reuniões com cientistas políticos, estudiosos, sindicalistas,
artistas, empresários e lideranças populares. Participaram de suas atividades
personalidades de diversas posições políticas, como Florestan Fernandes, Perseu
Abramo, Luiza Erundina, Dom Mauro Morelli, Maria da Conceição Tavares, Luiz
Gonzaga Belluzzo, Luiz Gushiken, Roberto Requião, Antônio Carlos Magalhães e
muitos outros.
As iniciativas do Instituto Cidadania
resultaram na elaboração de projetos como o “Fome Zero“, o “Projeto Moradia“, o
“Projeto Segurança Pública”, o “Projeto Energia Elétrica”, o “Projeto
Juventude” e o “Projeto de Reforma Política”. Alguns desses projetos serviriam de
base para programas e políticas públicas adotados nos governos do ex-presidente
Lula, como o “Fome Zero“, o “Bolsa Família“, o “Programa Minha Casa, Minha
Vida“, o “Programa Luz Para Todos“ e o “Projovem“.
Dos debates do instituto nasceram também
as “Caravanas da Cidadania” que, entre 1993 e 1996, percorreram 395 cidades em
todos os estados do País. As “Caravanas da Cidadania” proporcionaram um
conhecimento direto das diversas realidades regionais do Brasil e um diálogo
vivo com diferentes segmentos da sociedade, o que foi de grande utilidade na
elaboração de propostas transformadoras da realidade brasileira.
O Ipet e o Instituto Cidadania sempre
funcionaram como entidades sem fins lucrativos. As contas do Instituto
Cidadania passaram por duas auditorias realizadas por conceituadas empresas
brasileiras, ambas realizadas por determinação da diretoria.
terça-feira, 21 de julho de 2015
Entenda porque Cunha e Companhia querem retrocesso do cidadão brasileiro
Essa crise resume-se AOS DESEJOS DA ELITE CONSERVADORA EM RETROCEDER com as conquistas que o cidadão brasileiro tiveram nos Governos Lula e Dilma Rousseff Veja apenas um simples exemplo de uma cidade do meu RN chamada Vera Cruz e analise quantas obras iguais a essas, eles (os Cunhas e CIA) querem destruir! VEJA ESTE VÍDEO E SAIBA QUE NÃO PODEMOS RETROCEDERhttp://zip.net/bsrFjP
A “carta de amor” de Jean Wyllys para Eduardo Cunha
O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), investigado na Lava-Jato
De: Jean Wyllys
Para: O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha
Para: O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha
Brasília, inverno de 2015
Senhor Eduardo Cunha (não me sinto à vontade de me dirigir a você como “caro”, pois você ainda não me é caro; e estou usando o pronome “você” porque não estamos em sessão da Câmara Federal, logo, estou livre da obrigação de me dirigir a você como “vossa excelência”, e porque, confesso, não reconheço em você qualquer excelência além dessa conferida pela liturgia do parlamento):
quinta-feira, 16 de julho de 2015
Isso sim é democracia!
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK Isso sim é democracia! Prefeito dando o direito da escolha! SERÁ QUE VAI TER ALGUÉM QUE NÃO IRÁ VOTAR E FAZER CAMPANHA PARA O SENHOR NAUR? KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Maurício diz que já se decidiu por Naur, e fecha a porta para Wilma em Parnamirim
Prefeito Maurício Marques descartou qualquer possibilidade de apoiar outro nome que não seja Naur Ferreira.
O prefeito de Parnamirim, Maurício Marques (PDT), disse ontem (15) que “não se preocupa com as alternativas de candidaturas em Natal”, mas da sucessão em Parnamirim quem cuida é ele.
O pedetista informou que está fechado com a pré-candidatura de Naur Ferreira (PSB), seu auxiliar na secretaria de obras e nome preferencial para sucedê-lo.
Maurício descartou qualquer possibilidade de apoiar outro nome que não seja Naur Ferreira. Foi uma resposta às especulações em torno do nome de Wilma de Faria, líder do PSB e vice-prefeita de Natal.
“Se o comando do PDT me forçar a apoiar outro nome, eu deixo a legenda e viabilizo a candidatura do nosso grupo numa outra composição. Ninguém foi mais leal com o PDT e Agnelo Alves do que Maurício Marques. Agora, da minha sucessão cuido eu”, disse em entrevista ao portal nominuto.
Marques não quis fazer qualquer juízo de valor sobre as especulações em torno de uma hipotética candidatura de Wilma no município. “Já tenho candidato”, falou taxativo.
O prefeito de Parnamirim já reuniu todos os vereadores da sua base de apoio para informar que o candidato do grupo é Naur Ferreira. “Avisei logo que estou fechado com Naur. Quem pensa diferente ficou à vontade para trilhar outro caminho”, disse Maurício.
Dos 17 vereadores da base governista, 15 aceitaram o nome apresentado por Marques. Entre os dois dissidentes está o vereador Giovani Rodrigues Júnior (PSD), que deve se filiar ao Solidariedade para concorrer à Prefeitura do município.
Maurício Marques informou ainda que vai reunir todos os secretários até quarta-feira (22) para anunciar a candidatura de Naur Ferreira. “Do mesmo jeito que fiz com os vereadores da base, os secretários vão ficar à vontade para apoiar nosso candidato. Quem não aceitar vai entregar o cargo”, anunciou o prefeito de Parnamirim.
Fonte: NOMINUTO
sexta-feira, 3 de julho de 2015
Edital destina mais de R$ 4 milhões para projetos de fortalecimento do Sinapir
O lançamento da chamada pública ocorreu nesta quinta-feira (2), na Seppir, em Brasília. Na oportunidade, ocorreu também a adesão do município de Andradina-SP ao Sistema
A ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Nilma Lino Gomes, lançou nesta quinta-feira (2) um edital para seleção de projetos que contribuam para a implementação do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir) em todo o país. Na oportunidade, ocorreu também a adesão do município de Andradina-SP ao Sistema.
Dia Nacional de Combate à Discriminação Racial.
Hoje (3), é celebrado o Dia Nacional de Combate à Discriminação Racial.
A data faz referência à aprovação da Lei nº 1.390, em 1951, mais conhecida como Lei Afonso Arinos. O documento “inclui entre as contravenções penais a prática de atos resultantes de preconceitos de raça ou de cor”.
Primeira legislação brasileira com a temática da igualdade racial, a publicação foi modificada em 1985, com a Lei n° 7.437/1985.
Conheça mais sobre o histórico de leis brasileiras relacionadas a crimes raciais aqui: http://goo.gl/43mWIP
Breve histórico da legislação de crimes raciais no ordenamento jurídico brasileiro
CÓDIGO PENAL DOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL
Após a promulgação da Lei Áurea, é publicado o “Código Penal dos Estados Unidos do Brasil”, de 11 de outubro de 1890, que, não bastasse o não estabelecimento de qualquer conduta punitiva aos autores de discriminação, enuncia como contravenção penal em seu art. 402, primeira parte:
“Art. 402. Fazer nas ruas e praças públicas exercícios de agilidade e destreza corporal conhecidos pela denominação capoeiragem (...)
Pena: de prisão celular por dois a seis meses”.
Note que tal esporte, hoje tão praticado no Brasil e no mundo, e que fora uma das mais marcantes e significativas manifestações culturais do negro em nosso país, outrora fora penalizado criminalmente, apenas dois anos após a “libertação dos escravos”; embora não houvesse expressa referencia a seu praticante no texto legislativo.
quinta-feira, 2 de julho de 2015
Seppir divulga nota técnica contra redução da maioridade penal
A Seppir divulgou hoje (29) uma nota técnica com argumentos estatísticos para expressar a posição do órgão, contrária a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos. O principal argumento é a falta de comprovações de que a mudança faria o Brasil mais seguro. O estudo aponta o contrário, em um cenário onde a violência se agravaria com a redução da maioridade penal.
Ministra da Seppir lança edital do Sinapir nesta quinta-feira
A ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Nilma Lino Gomes, lança nesta quinta-feira (2/7), às 9h30, um edital para projetos de fortalecimento dos órgãos de promoção da igualdade racial e de apoio a políticas públicas de ação afirmativa e para comunidades tradicionais, no valor de R$ 4,6 milhões. Serão selecionadas propostas que contribuam para a implementação do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir) em todo o país.
Com três áreas de financiamento, o edital permitirá a inscrição de projetos diversos, que vão desde a aquisição de bens destinados à estruturação física; capacitação; elaboração e/ou revisão de planos de igualdade racial; criação e funcionamento de órgãos e conselhos; projetos de comunicação; ações voltadas para a saúde da população negra; e fomento a empreendimentos associativos de comunidades quilombolas, de matriz africana e ciganas, entre outros.
Podem participar da seleção órgãos da administração pública direta (estados, municípios e DF) e consórcios públicos com atuação voltada ao enfrentamento do racismo e à promoção da igualdade racial. Integrantes do Sinapir receberão pontuação adicional nos projetos, para garantir prioridade no acesso aos recursos públicos, conforme determina o Decreto 8.136/2013.
Para participar, o ente federativo deve inscrever o projeto no site do Siconv (https://www.convenios.gov.br/portal/), entre os dias 2 e 31 de julho de 2015, impreterivelmente. A análise e escolha dos projetos será feita por uma comissão definida pela Seppir, com base nos critérios técnicos previstos no edital. A publicação do resultado final está prevista para agosto.
Município de Andradina (SP) adere ao Sinapir
Durante o lançamento do edital, nesta quinta-feira (2/7) será formalizada a adesão do município de Andradina (SP) ao Sinapir, com a presença do prefeito da cidade. Quatro estados e 15 municípios já aderiram ao Sistema. Além dos estados do Rio Grande do Sul, Maranhão, Espírito Santo, e Bahia, outros cinco já solicitaram a adesão e os processos tramitam na Seppir (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal e Minas Gerais).
Sinapir
O Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial foi instituído pelo Estatuto da Igualdade Racial (Lei nº 12.288, de 20 de julho de 2010) e regulamentado em 2013, como forma de organização e de articulação do conjunto de políticas e serviços destinadas a superar as desigualdades raciais no Brasil.
Esse Sistema estabelece como requisito para a adesão, por parte dos entes federados, a existência de órgãos e conselhos voltados para a promoção da igualdade racial em âmbito local. O Sistema estabelece, ainda, modalidades de gestão (básica, intermediária e plena) cuja diferenciação está na capacidade de gestão do órgão de promoção da igualdade racial local. Até 30 abril de 2015, foram registrados 197 órgãos e 106 conselhos em todo o país, entre municipais, estaduais e federais.
Serviço:
Evento: Lançamento de Edital do Sinapir e adesão do município de Andradina ao Sinapir
Local: Sala de Reuniões da Seppir – 5º andar – Bloco A – Esplanada dos Ministérios – Brasília-DF
Horário: 9h30
Assessoria de Imprensa da Seppir: 2025.7040
quarta-feira, 1 de julho de 2015
Comunidade Quilombola Macambira (RN) comemora avanço na regularização fundiária
As 263 famílias da Comunidade Remanescente de Quilombo de Macambira, em Lagoa Nova, no Rio Grande do Norte, comemoram mais uma etapa do processo de regularização do território onde vivem desde meados do século XIX. Nesta quarta-feira (10), uma cópia da Portaria Nº 240, de 1º de junho de 2015, que reconheceu como terra remanescente de quilombo a área de aproximadamente 1.835 hectares reivindicada pela comunidade, foi entregue pelo superintendente do Incra/RN, Vinícius Ferreira de Araújo, ao representante da Associação dos Quilombolas da Macambira, Vilmário Cândido Pereira.
A entrega simbólica do documento ocorreu durante uma reunião da Mesa Permanente de Negociação de Processos de Regularização Fundiária das Comunidades Quilombolas do Rio Grande do Norte, na sede da autarquia em Natal. Macambira é a maior comunidade remanescente de quilombo do estado e está localizada na região Central Potiguar, a cerca de 156 quilômetros da capital Natal.
O próximo passo no processo de regularização do território da Comunidade Macambira é, segundo o antropólogo André Garcia Braga, do Serviço de Regularização de Territórios Quilombolas do Incra/RN, o encaminhamento de um conjunto de documentos do processo que tramita no Incra/RN para a Casa Civil da Presidência da República. Em seguida, o presidente da República emitirá os decretos desapropriatórios dos dois imóveis que compõem o território da comunidade: “Cabeça de Macambira” e “Baixa Grande”. O processo de regularização do território da Comunidade é concluído com a emissão de título de propriedade inalienável em nome da Associação da Comunidade.
A Mesa Permanente de Negociação de Processos de Regularização Fundiária das Comunidades Quilombolas é um espaço institucional que tem o objetivo de debater, identificar problemas e encaminhar soluções relativas à regularização dos territórios quilombolas. Funciona com a realização de reuniões bimestrais, na sede do Incra/RN, com temáticas de cunho institucional e de controle social. Participam da mesa, além do Incra, o Governo do Estado, por intermédio das Secretarias de Regularização Fundiária e Apoio à Reforma Agrária (Seara), de Justiça e Cidadania (Sejuc), Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Ministério Público Federal e entidade da sociedade civil que trabalham com comunidades negras.
Disputas pelo território
De acordo com Braga, a grande maioria das 263 famílias da Comunidade Macambira é descendente do escravo alforriado na segunda metade do século XIX Lázaro Pereira de Araújo. Braga disse ainda que os descendentes de quilombolas viviam há anos em disputa com proprietários de terras e com empresas de energia eólica que mantêm parques na localidade.
“Em 2014, um acordo pôs fim ao conflito agrário entre o proprietário das terras reivindicadas pela Comunidade Macambira, a empresa concessionária de energia e os quilombolas, que reivindicam uma área onde existem três parques de energia eólica. O entendimento entre as partes também extinguiu uma ação judicial em curso”, explicou Braga. As famílias de Macambira vivem principalmente do plantio de milho, feijão e mandioca.
Processo de Regularização
As comunidades quilombolas são grupos étnicos predominantemente constituídos pela população negra rural ou urbana, que se autodefinem a partir das relações com a terra, o parentesco, o território, a ancestralidade, as tradições e práticas culturais próprias. Estima-se que em todo o País existam mais de três mil comunidades quilombolas.
Para terem seus territórios regularizados, as comunidades quilombolas devem encaminhar uma declaração na qual se identificam como comunidade remanescente de quilombo à Fundação Cultural Palmares, que expedirá uma Certidão de Autorreconhecimento em nome da mesma. Devem ainda encaminhar à Superintendência Regional do Incra uma solicitação formal de abertura dos procedimentos administrativos visando à regularização.
A regularização do território tem início com um estudo da área, a elaboração de um Relatório Técnico que identifica e delimita o território da comunidade. Uma vez aprovado este relatório, o Incra publica uma portaria de reconhecimento que declara os limites do território quilombola. A fase final do procedimento corresponde à regularização fundiária, com a retirada de ocupantes não quilombolas através de desapropriação e/ou pagamento das benfeitorias e a demarcação do território.
Ao final do processo, é concedido um título coletivo de propriedade à comunidade em nome da associação dos moradores da área e feito seu registro no cartório de imóveis. Atualmente, existem 19 processos de regularização de territórios quilombolas abertos no Incra/RN.
Seppir e Incra discutem políticas para demarcação de terras
Objetivo é buscar novas formas de legalizar
territórios quilombolas
A ministra da Igualdade Racial, Nilma Lino
Gomes recebeu hoje (30), a presidente do Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária (Incra), Maria Lúcia Falcón para discutir políticas de
reconhecimento e legalização de territórios quilombolas.
O Incra atua junto a
Seppir no processo, desde os estudos antropológicos que levam ao reconhecimento
de direito até a indenização, desintrusão das terras e fomento de atividades
econômicas após o processo de demarcação de terras.
O encontro buscou
encontrar saídas frente a um cenário econômico de ajuste fiscal, que atingiu
todos os ministérios. Para a ministra Nilma, as dificuldades orçamentárias
devem ser vistas como uma barreira temporária, e não algo que impeça o
trabalho.
“Nós temos muita
responsabilidade com a população negra e muitas vezes somos as vozes dos
movimentos sociais no governo. Em momentos como este temos que trabalhar em
conjunto para garantir que nossa pauta social tenha relevância”.
Nilma sugeriu a criação
de um grupo de trabalho envolvendo a Seppir, Incra e o Ministério do
Desenvolvimento Agrário (MDA). A gestora disse que iria conversar com o
ministro Patrus Ananias (MDA) para reforçar a necessidade de unidade entre as
pastas, e a necessidade de encontrar saídas inteligentes para o contingenciamento
orçamentário.
Maria Lúcia destacou que
a assinatura de dez decretos de reconhecimento de terras quilombolas na semana
passada faz com que o governo tenha compromisso para garantir a continuidade do
processo, que envolve não apenas o reconhecimento legal, mas também a
indenização aos atuais proprietários e o processo de desintrusão.
Um dos objetivos do
grupo de trabalho é rever o marco regulatório do processo de reconhecimento de
terras quilombolas e propor as adequações necessárias.
A secretária de políticas
para comunidades tradicionais da Seppir, Givânia Maria da Silva também
participou da reunião, junto com o chefe de gabinete da secretaria-executiva do
MDA, Januário Rodrigues Neto e assessores do Incra.Fonte: http://www.seppir.gov.br/central-de-conteudos/noticias/junho/seppir-e-incra-discutem-politicas-para-demarcacao-de-terras
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