Se a pobreza não escolhe crença ou religião, tampouco o faz o comitê gestor do PAA de Canoas. Lado a lado, padres, pastores e umbandistas participam das reuniões e trocam experiências para melhorar a vida das famílias mais vulneráveis. Uma das mais novas integrantes do grupo é Cleonir Fátima Oliveira, mãe de santo que foi buscar ajuda para 25 mulheres que vivem no centro que ela comanda.
Umas lidam com reciclagem, catam resíduos sólidos nas ruas, outras sobrevivem de faxinas e trabalhos esporádicos. Nenhuma tem renda fixa ou condições para conseguir empregos melhores. “Eu luto não só por elas, mas também pelos filhos, que ficam sozinhos quando elas vão buscar sustento. A maioria dessas mulheres é analfabeta, não pode nem assinar contrato de nada.”
A partir de agora, elas vão receber as cestas do PAA, mas o maior interesse de Cleonir é justamente incluí-las em programas e projetos de alfabetização e capacitação profissional. A mãe de santo espera, com a ajuda da Secretaria de Desenvolvimento Social, obter vagas para as crianças da comunidade em escolas que ofereçam turno integral.
Cleonir deposita no PAA uma esperança que vem justamente da participação popular na gestão do programa: “Se eu puder ir à casa de cada família, em cada vila, associação e comunidade, se puder levar as moças para conhecer o que outras pessoas fazem para melhorar de vida e ter novas perspectivas, é o que vou fazer”.
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