quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

TJ quer diminuir custas cartoriais

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Natal

Natal, 29 de Fevereiro de 2012 | Atualizado às 17:29

Publicação: 25 de Fevereiro de 2012 às 00:00

As custas cartoriais para registro de imóveis, escritura ou contrato de pacto nupcial, emancipação, separação e divórcio sem bens, poderão sofrer redução de até 60% no seu valor atual. O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte apresentará à Câmara de desembargadores da Corte, um projeto de lei que tem como objetivo primordial alterar as custas jurisdicionais para baixo. Na gama de serviços que poderão sofrer reduções de valor cobrados pelos cartórios, incluem-se o setor de registro de  títulos e documentos, protestos e ações judiciais. A proposta, porém, precisa ser aprovada pelo Pleno do Tribunal de Justiça para depois ser remetida à Assembleia Legislativa. A expectativa da presidenta do TJ, desembargadora Judite Nunes, é que a lei entre em vigor ainda neste primeiro semestre. "O nosso interesse é o público, queremos uma lei mais equânime e justa para a população do RN", ressaltou Judite Nunes.
Frankie MarconeA presidente do TJ, Judite Nunes apresentou projeto ontemA presidente do TJ, Judite Nunes apresentou projeto ontem

 De acordo com o corregedor-geral do Tribunal de Justiça, desembargador Cláudio Santos, "o importante é dizer que haverá uma significativa diminuição nos custos dos serviços prestados pelos cartórios à população". Conforme explicou o magistrado durante coletiva de imprensa realizada ontem, o projeto de lei tem como principal intuito regularizar a situação de milhares de imóveis que são financiados e não possuem registros nos cartórios de imóveis, o que reflete na sensibilidade jurídica da transação. Conforme levantamento da Corregedoria do Tribunal de Justiça, cerca de 90% dos contratos de compra e venda não são registrados.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Fátima Bezerra, Fernando Mineiro e Maurício Marques Participam de evento pró-Amorim em Parnamirim,

Da Redação do PN

O presidente do Partido dos Trabalhadores e pré-candidato a vereador, José Amorim, reuniu no Centro Pastoral, na Cohabinal, cerca de cem pessoas. Chamadas de multiplicadoras, estes simpatizantes foram orientados pelo deputado Fernando Mineiro, acerca das estratégias relativa a campanha de outubro. O desafio do PT de Parnamirim é ocupar duas vagas na Câmara Municipal. Os nomes mais fortes são: José Amorim e o professor Eron.

Entre as autoridades que participaram do evento estavam: Deputado Fernando Mineiro, Deputada Fátima Bezerra, Prefeito Maurício Marques, Secretária Vandilma Oliveira, Presidente do PT estadual, Eraldo Paiva, Padre Miguel e Padre Murilo de Paiva.

José Amorim agradeceu ao agradecer a presença de todos, registrou que o PT passou a apoiar Maurício quando estava com apenas oito por cento dos votos e o então candidato Gilson Moura tinha 67 por cento nas pesquisas. "Decidimos porque temos responsabilidade, não poderíamos deixar acontecer com Parnamirim o que aconteceu com Natal, agora quatro anos depois, vamos fazer juntos os mandatos para a Câmara Municipal do PT e a reeleição de Maurício Marques", discursou.

Maurício Marques por sua vez registrou o apoio de Fátima Bezerra, a quem apontou como interlocutora junto ao Governo Federal, por obras como: saneamento, teatro, Minha Casa Minha Vida e Moita Verde. Referindo ao números dos partidos disse: "Sou do PDT, mas tenho muito carinho pelo PT. Sou um doze a caminho do treze", brincou. Já a deputada Fátima Bezerra comparoua capacidade de Maurício aos três prefeitos do PT. " Tenho orgulho de está ao lado deste que é um dos melhores prefeitos do Rio Grande do Norte, Maurício está no mesmo nível dos comanheiros: Chico do PT, (Parelhas), Salomão(Janduís) e Leonardo(Ipanguaçu). Vocês de Parnamirim foram as ruas para eleger a deputada federal do município a mais votada do Estado, pois este ano, quem vai para as ruas sou eu para ajudar a reeleger Maurício e eleger Amorim para a Câmara Muncipal", declarou.

O evento foi finalizado com um almoço no espaço social do Centro Pastoral de Parnamirim.
 

Agenda da senhora Presidenta da República, Dilma Rousseff - 27/02/2012

Brasão da República
Presidência da República

AGENDA DA SENHORA PRESIDENTA DA REPÚBLICA
Segunda-feira
27 de fevereiro de 2012

08h30   - Partida para Fortaleza (CE)
.                Base Aérea de Brasília (DF)

10h50   - Chegada a Fortaleza
.                Base Aérea de Fortaleza

11h30   - Deslocamento, em metrô, para a Estação Virgílio Távora
.                Estação Raquel de Queiroz, Fortaleza (CE)

12h       - Cerimônia de anúncio de investimentos para a implantação da
.                linha Leste do Metrô de Fortaleza

.               Estação de Metrô Virgílio Távora

15h30   - Visita às obras do trecho V do Eixo de Integração Castanhão- .                Pecém
.                Caucaia (CE)

16h40   - Visita ao Mirante Rosa dos Ventos do Projeto Vila do Mar
.                Fortaleza (CE)

17h        - Visita ao Conjunto Habitacional Vila do Mar III
.                Bairro Cristo Redentor

18h20   - Partida para Recife (PE)
.                Base Aérea de Fortaleza

19h30   - Chegada a Recife
.                Base Aérea de Recife
Fonte: http://www2.planalto.gov.br/imprensa/agenda/agenda-da-presidenta-1/copy_of_agenda-24-02-2012

Resgate para inclusão social e profissional

Ubirajara Machado/MDS
 Se a pobreza não escolhe crença ou religião, tampouco o faz o comitê gestor do PAA de Canoas. Lado a lado, padres, pastores e umbandistas participam das reuniões e trocam experiências para melhorar a vida das famílias mais vulneráveis. Uma das mais novas integrantes do grupo é Cleonir Fátima Oliveira, mãe de santo que foi buscar ajuda para 25 mulheres que vivem no centro que ela comanda. 
Umas lidam com reciclagem, catam resíduos sólidos nas ruas, outras sobrevivem de faxinas e trabalhos esporádicos. Nenhuma tem renda fixa ou condições para conseguir empregos melhores. “Eu luto não só por elas, mas também pelos filhos, que ficam sozinhos quando elas vão buscar sustento. A maioria dessas mulheres é analfabeta, não pode nem assinar contrato de nada.”
A partir de agora, elas vão receber as cestas do PAA, mas o maior interesse de Cleonir é justamente incluí-las em programas e projetos de alfabetização e capacitação profissional. A mãe de santo espera, com a ajuda da Secretaria de Desenvolvimento Social, obter vagas para as crianças da comunidade em escolas que ofereçam turno integral.
Cleonir deposita no PAA uma esperança que vem justamente da participação popular na gestão do programa: “Se eu puder ir à casa de cada família, em cada vila, associação e comunidade, se puder levar as moças para conhecer o que outras pessoas fazem para melhorar de vida e ter novas perspectivas, é o que vou fazer”.

Leia também:
Gestão compartilhada do PAA transforma a vida de mais de mil famílias em Canoas Ajuda para quem produz e quem recebe
Apoio para buscar a independência
 
 Valéria Feitoza
Ascom/MDS
3433-1021
www.mds.gov.br/saladeimprensa

Entrevista Fernando Mineiro // "Não faço política como processo de troca

Edição de domingo, 19 de fevereiro de 2012 

Pré-candidato à prefeitura de Natal, o deputado estadual Fernando Mineiro (PT) descartou, em entrevista a'O Poti/Diário de Natal, a possibilidade de união dos partidos que fazem oposição à prefeita Micarla de Sousa (PV) e à governadora Rosalba Ciarlini (DEM) no primeiro turno das eleições deste ano. Segundo ele, a composição ficará para a segunda etapa do pleito. O parlamentar também frisou que não existe possibilidade de desistir da candidatura num acordo para viabilizar o nome da deputada federal Fátima Bezerra (PT) como candidata ao Senado em 2014. Durante a entrevista, Mineiro comentou também a trajetória do PT, as obras de mobilidade para a Copa de 2014, a onda de insegurança que paira sobre Natal e a indicação da prefeita de Mossoró, Fafá Rosado (DEM), para o Tribunal de Contas do Estado (TCE).


Carlos Santos/DN/D.A Press
Como estão as articulações com outros partidos em torno do apoio à sua candidatura a prefeito de Natal?

Nós estamos trabalhando a valorização do partido. Estamos fazendo isso de forma interna, tendo em vista que a campanha externa só começa depois de junho. Estamos mobilizando o PT nas quatro Zonas de Natal, nas categorias e temos feito debates em torno de vários temas de interesse da sociedade com vários setores, desde as favelas até as categorias trabalhistas. Estamos dialogando com os partidos da base da presidente Dilma Rousseff (PT) que são oposição ao governo estadual e ao municipal. A definição se vamos sair só, ou coligados, só em junho, com as convenções.

O senhor iniciou recentemente o diálogo com o PSD, do vice-governador Robinson Faria. As conversas estão adiantadas?

Conversamos com o PSD, o PSB, o PCdoB. Temos conversado. São partidos que ainda não anunciaram suas candidaturas. Respeitamos todas as candidaturas colocadas. Queremos fazer um debate qualificado, de propostas e programas para a cidade. Vamos tentar formar alianças com esses partidos da base que são oposição em nível estadual e municipal. Nós iniciamos as conversas. Mas, definição, só em junho.

A candidatura é irreversível ou ainda existe possibilidade de união das oposições em torno de uma só candidatura que não seja a sua?

Não há possibilidade de composição, de unidade dos partidos da base no primeiro turno. A eleição ocorre em dois turnos. Acho que vai ser bom para a sociedade o lançamento de várias candidaturas. Até porque a base nacional aqui tem característica muito específica: estar aliado em Brasília e não estar aliado aqui. Então, vamos discutir aliança em si no segundo turno. No primeiro, haverá a disputa de projetos.

Esse esfacelamento no primeiro turno não pode enfraquecer as oposições com vistas à disputa eleitoral de 2014?

Não, porque cada eleição é uma eleição. Quem achar que a eleição estadual é reflexo da municipal está equivocado. Cada eleição tem uma dinâmica própria. Evidentemente que o fortalecimento do partido numa eleição tem implicação em outra. Por isso, nós (o PT) queremos nos fortalecer em 2012 para termos uma atitude mais ativa em 2014. A necessidade de fortalecimento do PT nos coloca com a legitimidade para termos nossa candidatura em Natal este ano.

O PT desistiria da candidatura própria se houvesse um compromisso dos partidos aliados com a candidatura da deputada federal Fátima Bezerra ao Senado em 2014? No caso, poderia trocar sua candidatura pela viabilização da dela?

Possibilidade zero. Não faço política num processo de troca. Faço política com afinidades programáticas. Possibilidade zero de ter esse tipo de acordo.

O PT comemorou 32 anos este mês. Qual o saldo desse período de história?

O saldo foi positivo. Se colocarmos na balança os erros e os acertos, teremos muito mais acertos do que erros. Lógico que temos muito o que melhorar, avançar. Mas a contribuição que o PT tem dado ao Brasil nas últimas décadas é importantíssima. Até os adversários mais ferrenhos são obrigado a reconhecer a importância do partido para a história contemporânea do país. Trouxe transformações, avanços e mudanças, quando chegou ao governo central, com um conjunto de partidos em aliança. Faço um balanço positivo. Nós petistas temos muito do que nos orgulhar dessa trajetória. As dificuldades foram muito pequenas.

As concessões e as alianças que o PT fez no decorrer da sua história prejudicaram a imagem diante da sociedade?

As concepções, os princípios e as visões do PT mudaram. Devido à toda fragilidade política do Brasil, um partido isoladamente não tem condições de implantar o seu programa. É preciso fazer um governo de composição. E um governo de composição é um governo de contradições, com disputas internas. Mas, no geral, o resultado da política de alianças foi positivo para o Brasil, haja vista as transformações que aconteceram e estão acontecendo ainda, com o combate às desigualdades, a retomada do desenvolvimento com sustentabilidade, a inclusão do país no cenário internacional, um conjunto de posições que fizeram o sucesso do governo do Partido dos Trabalhadores.

O PT construiu sua história combatendo fervorosamente as privatizações. No entanto, no governo Dilma Rousseff, o partido tem adotado um modelo de concessões, muito similar ao que foi praticado no governo tucano. A adoção desse modelo é o reconhecimento de que no passado o partido errou?

O governo tucano não fez concessões. Fez privatizações. Entregou o patrimônio brasileiro nas áreas estratégicas de desenvolvimento à iniciativa privada. Por exemplo, a área de mineração. O governo da presidenta Dilma tem feito um modelo de concessões diferente das privatizações. Não tem nenhum patrimônio entregue às empresas privadas. Há uma concessão de um período de exploração. Então não há nenhuma relação. Talvez por esperteza, alguns setores da sociedade querem colocar as privatizações do tucanato e as concessões do governo Dilma em pé de igualdade. Mas não há nenhuma relação.

Mas o termo privatização ainda apavora o PT?

O PT tem uma postura totalmente contrária à entrega do patrimônio público. No governo do PT, não existe a atitude que houve no governo tucano de entregar nosso patrimônio a preço de banana. Isso não haverá. Não é questão de apavoramento ou não. É uma posição política. Entendemos que o patrimônio brasileiro tem um papel importante para o desenvolvimento nacional. O que criticamos do governo passado foi o enfraquecimento do estado brasileiro diante do desenvolvimento do país. O que estamos assistindo no governo do PT e aliados é o fortalecimento do Estado. São posições totalmente diferentes.

O governo Lula foi recordista em escândalos de corrupção e o da presidenta Dilma já protagonizou várias irregularidades, provocando inclusive a substituição de vários ministros. Como o senhor avalia a ligação do partido com os atos de improbidade?

A corrupção é uma questão endêmica no estado brasileiro e vem sendo combatida. Tanto foi combatida no governo do presidente Lula, com o fortalecimento das instituições e órgãos de controle, como é combatida no governo Dilma. Tantas vezes quantos surgirem casos de corrupção serão combatidos dentro das formas e parâmetros. O governo tem uma postura muito clara em relação a isso.

O presidente da Assembleia Legislativa, Ricardo Motta, disse, em entrevista a'O Poti/Diário de Natal, na semana passada, que a Casa é o "carro de som, é a voz do povo". O senhor concorda com essa afirmação?

O poder legislativo do Brasil, incluindo a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, tem muito ainda o que fazer para atender às demandas da sociedade. Mas eu prefiro a Assembleia Legislativa do jeito que temos do que um estado sem ela. É preferível funcionar com a precariedade e as deficiências que tem do que não termos o poder legislativo. A Assembleia tem feito esforços. Os deputados têm desenvolvido seus papeis na sociedade. Agora, a Assembleia não é uma ilha, é um reflexo da sociedade. Nenhum de nós chegou aqui por acaso, foi por meio do voto. Eu entendo dessa maneira. Acho que o legislativo vai evoluir com a participação da sociedade. Por enquanto, existe uma postura do eleitor de votar no seu representante e deixar para lá, sem acompanhar, cobrar, fiscalizar. Se perguntarmos hoje, a maioria do eleitorado não sabe em quem votou nas eleições passadas. Temos uma fragilidade política. A Assembleia reflete isso.

Em relação ao Executivo, a população varia muito ao avaliar os governos. Existem uns bem avaliados, outros, mal. Mas o legislativo sempre é telhado de vidro. Deputados e vereadores levam uma grande carga negativa. O que fazer para mudar isso?

Quando a sociedade acompanhar mais o cotidiano da vida das instituições. Temos uma fragilidade institucional que se reflete no Executivo, no legislativo e no judiciário. No legislativo, há uma maior visibilidade, está mais em contato com a população. Talvez por isso receba a carga mais negativa de opiniões. Mas só vai mudar o legislativo quando mudar o Executivo e também o judiciário. Não vejo possibilidade de haver uma mudança sem os demais poderes acompanharem. É preciso haver uma ação mais positiva da sociedade na política. O grau de participação ainda é muito baixo. Isso reflete na escolha dos nossos representantes. Por mais que eu tenha razões para achar que não mudaremos a curto prazo o sistema político brasileiro, não posso abandonar a ideia de uma reforma política para valer. Acredito que o atual sistema não condiz com as demandas da sociedade. Existe a necessidade de uma reforma estrutural na política brasileira, para mudar inclusive o papel do legislativo e das instituições.

Como fazer para essa reforma política ir à frente?

A reforma política depende do Congresso Nacional. Mas, o CN não vai fazer por si só uma reforma política que modifique o atual sistema. Então temos um problema. Se não temos pressão da sociedade, não haverá uma reforma que atenda suas expectativas. Então, se deixar só para o Congresso não haverá reforma à altura dos interesses da sociedade. Enquanto não houver essa pressão, não teremos uma reforma que avance.

Natal vive hoje uma onda de violência semelhante ao que ocorre nas grandes capitais do país. Como o senhor avalia esse momento e as ações do governo para coibir o avanço dessa prática no RN?

Eu acho que a questão da insegurança é nacional. No geral, há uma queda ou estabilização dos índices de violência nos últimos dez anos. Por outro lado, há uma distribuição dos índices pelo Brasil. Há um deslocamento dos grandes centros para as demais regiões e interiores. É um fenômeno que vem ocorrendo. Eu defendo que o enfrentamento da questão da violência seja combatida com planejamento estratégico para curto, médio e longo prazo. Deve haver uma soma de esforços do governo estadual com União e gestões municipais, que também têm um papel importante nesse aspecto. É preciso haver uma ação articulada. Não vejo do atual governo nenhuma ação efetiva para conter a violência. A reação do governo Rosalba foi dizer que vai colocar 1.200 policiais nas ruasde Natal. E os demais municípios? E a estruturação? No meu ponto de vista, falta um projeto. Não vejo investimentos em infraestrutura, tecnologia, informação, contratação de pessoal. Falta uma atitude mais efetiva do governo para combater a insegurança. Falta a gestão entender o papel do estado nesta área.

Em suas reuniões pelos bairros, quais as principais reivindicações e queixas da população que o senhor tem encontrado?

Há um sentimento muito forte de desilusão com a gestão. Micarla foi eleita com grande expectativa de renovação, de um novo modelo. Então, existe esse sentimento em todas as áreas, independente de classe e renda. Há uma desilusão com a gestão municipal. Então, a partir daí vem as reclamações de saúde, educação, mobilidade. Há um sentimento de abandono, existe uma orfandade administrativa na gestão municipal. A deficiência abrange todas as áreas administrativas. Por isso, o trabalho mais importante no processo eleitoral é ter um novo modelo político e administrativo para a cidade.

Qual é o modelo que o senhor pretende implantar se eleito prefeito de Natal?

Meu projeto é composto de vários aspectos, que vão desde a modernização e reestruturação da máquina pública até a reorganização das áreas administrativas. Entram, também, a discussão da área urbana da cidade, as atividadeseconômicas, a sustentabilidade e o papel do município em diversos setores. A infraestrutura e a mobilidade urbana precisam de um projeto. O município também precisa ter atenção especial em relação à Zona Norte, que é a região que mais cresce. É preciso fazer um projeto específico para a região. Tem uma série de questões que estamos conversando e dialogando com diversos setores.

Na área de mobilidade, Natal poderá dar um grande salto com as obras viabilizadas por causa da realização da Copa de 2014. Qual a avaliação que o senhor faz sobre o ritmo de trabalho da prefeitura e do governo neste sentido?

A situação é preocupante. Desde que se iniciou esse debate sobre as questões da Copa, tenho dito que é preciso separar a questão dos jogos das obras de mobilidade. Sou a favor da Copa porque possibilita, se existir uma gestão eficiente do município e do estado, a realização de obras de infraestrutura. Já tenho dito há tempo que, para a Copa ocorrer em Natal não precisa das obras de mobilidade. Os governos estãomuito atrasados. Não tem uma obra de mobilidade iniciada. Natal é a única que não começou. A sociedade e o setor empresarial deveriam cobrar da prefeitura e do governo o andamento dessas obras. A situação é preocupante, é preciso parar de reclamar e agir.

Por que existe essa morosidade?

Por incompetência. Faltam projetos, prioridades, visão administrativa. É isso. Não há outro motivo. Com a retomada dos trabalhos na Assembleia Legislativa, vamos fazer uma audiência pública para tratar do assunto.

Qual a sua opinião sobre a escolha da prefeita de Mossoró, Fafá Rosado (DEM), para ocupar a vaga que a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) tem a prerrogativa de indicar no Tribunal de Contas do Estado?

Lamentavelmente, se repete o padrão de escolher conselheiro do Tribunal de Contas do Estado pelo critério consanguíneo. Existem vários que foram escolhidos por ser parentes de A ou de B, que tinha essa prerrogativa num determinado momento. Eu acho lamentável. Um órgão importante de controle, fiscalização e acompanhamento dos gastos públicos ter seus conselheiros escolhidos desta maneira. Ela está usando a máquina pública para atingir seus objetivos políticos eleitoreiros. Isso é lamentável. Espero que a sociedade reaja, principalmente a população de Mossoró. 
 
Fonte: http://www.diariodenatal.com.br/2012/02/19/politica3_0.php

MDS libera R$ 564.524,83 para aquisição de alimentos da agricultura familiar pela Prefeitura Municipal santo Antônio no RN


Caro cidadão,

Você está recebendo esta mensagem porque se cadastrou no Portal da Transparência para receber informações sobre novos repasses de recursos  federais a estados e municípios realizados por meio de convênios. O objetivo da divulgação desses dados é ampliar a transparência pública e estimular a participação e o controle social.

Os dados dos convênios aqui relacionados foram extraídos do SIAFI, no dia 20/02/2012. Caso deseje saber o total liberado, consulte o detalhamento do convênio no Portal da Transparência

Os convênios do município de  SANTO ANTÔNIO/RN que receberam seu último repasse no período de  14/02/2012 a 20/02/2012 estão relacionados abaixo:

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Número Convênio: 705077   
Objeto: Aquisição de alimentos da agricultura familiar e sua destinação para o atendimento das demandas de suplementação alimentar de programas sociais locais, com vistas a superação da vulnerabilidade alimentar de parcela da população.   
Órgão Superior: MINISTERIO DO DESENV. SOCIAL E COMBATE A FOME   
Convenente: PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTO ANTONIO   
Valor Total:
R$1.016.144,69   
Data da Última Liberação: 16/02/2012   
 
Valor da Última Liberação: R$ 564.524,83   
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Consulte periodicamente o Portal da Transparência (www.portaldatransparencia.gov.br) para acompanhar outros repasses de recursos federais a seu município.

OBSERVAÇÕES:

1) A CGU não envia e-mails sem a permissão do cidadão e nem autoriza terceiros a fazê-lo em seu nome. A CGU NÃO SOLICITA DADOS BANCÁRIOS OU PESSOAIS dos cidadãos para acesso a informações sobre recursos públicos. 

Fonte: Portal da Tranparência

TJ quer diminuir custas cartoriais

Publicação: 25 de Fevereiro de 2012 às 00:00

As custas cartoriais para registro de imóveis, escritura ou contrato de pacto nupcial, emancipação, separação e divórcio sem bens, poderão sofrer redução de até 60% no seu valor atual. O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte apresentará à Câmara de desembargadores da Corte, um projeto de lei que tem como objetivo primordial alterar as custas jurisdicionais para baixo. Na gama de serviços que poderão sofrer reduções de valor cobrados pelos cartórios, incluem-se o setor de registro de  títulos e documentos, protestos e ações judiciais. A proposta, porém, precisa ser aprovada pelo Pleno do Tribunal de Justiça para depois ser remetida à Assembleia Legislativa. A expectativa da presidenta do TJ, desembargadora Judite Nunes, é que a lei entre em vigor ainda neste primeiro semestre. "O nosso interesse é o público, queremos uma lei mais equânime e justa para a população do RN", ressaltou Judite Nunes.

Frankie MarconeA presidente do TJ, Judite Nunes apresentou projeto ontem
A presidente do TJ, Judite Nunes apresentou projeto ontem

 De acordo com o corregedor-geral do Tribunal de Justiça, desembargador Cláudio Santos, "o importante é dizer que haverá uma significativa diminuição nos custos dos serviços prestados pelos cartórios à população". Conforme explicou o magistrado durante coletiva de imprensa realizada ontem, o projeto de lei tem como principal intuito regularizar a situação de milhares de imóveis que são financiados e não possuem registros nos cartórios de imóveis, o que reflete na sensibilidade jurídica da transação. Conforme levantamento da Corregedoria do Tribunal de Justiça, cerca de 90% dos contratos de compra e venda não são registrados.

 "Estamos preocupados com quem compra imóveis financiados e não os registra em cartório, por exemplo", resumiu o corregedor. Um dos benefícios com o registro, conforme argumentação de Cláudio Santos, é a ausência de pagamento do Imposto de Transmissão Inter-Virus (Itiv), que consiste num tributo que incide sobre a aquisição de imóveis. "Estamos revendo uma lei e a iniciativa é um processo de autocrítica, de reformulação de valores", enfatizou Cláudio Santos. Ele destacou que nenhum outro órgão municipal, estadual ou federal tenha trabalhado para a aprovação de uma lei que reduza o valor de impostos.

 A coletiva de imprensa contou com a participação do presidente da Associação dos Notários e Registradores do Rio Grande do Norte (Anoreg/RN), Francisco Fernandes, além do presidente regional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Paulo Eduardo Teixeira. "Nós recebemos reclamações dos próprios representantes do cartórios sobre os valores de alguns serviços e foi isso que nos levou a concordar com o projeto. Acredito que com a redução desses valores mais pessoas passarão a ter acesso aos cartórios e serviços como promessa de compra e venda de imóveis serão mais procurados", comentou Fernandes.

Para que o Tribunal de Justiça formulasse este projeto de lei, os desembargadores se reuniram com representantes dos cerca de 170 cartórios em operação no estado. Alguns deles foram contra a redação da lei. Em contrapartida, a grande maioria reconheceu que determinadas custas são abusivas e se posicionaram favoráveis ao projeto de redução de valores.

 "É preciso que sejam cobrados valores justos. O objetivo dos cartórios não deve ser o lucro e sim o pagamento justo pela prestação do serviço. Não tem sentido um cartório ter uma arrecadação anual milionária", afirmou o presidente da OAB, Paulo Eduardo Teixeira. Segundo ele, a OAB identificou distorções nos preços cobrados pelos cartórios e se posicionou favorável à aprovação da lei proposta pelo Tribunal de Justiça. As custas cartoriais para registros diversos são determinadas via lei estadual.

Redução

Veja abaixo alguns exemplos dos serviços prestados pelos cartórios que sofrerão redução com a aprovação da lei.

- Casamento civil ou religioso, com efeito civil - De R$ 291,38 para R$ 196,00

- Escrituras com valor declarado (R$ 10.000,01 a R$ 20.000,00) - De R$ 323,75 para R$ 247,50.

Escrituras com valor declarado (R$ 200.000,01 a R$ 250.000,00) - De R$ 4.586,25 para R$ 3.712,50.

- Escritura ou contrato de pacto antenupcial; emancipação; separação e divórcio sem bens; inventário negativo e conhecimento de paternidade; dote; servidão - De R$ 518,00 para R$ 250,80.

- Escritura ou contrato de promessa de venda e compra de imóveis (de R$ 10.000,01 a R$ 20.000,00) - R$ 174,83 para R$ 84,63.

- Escritura ou contrato de promessa de venda e compra de imóveis (de R$ 100.000,01 a R$ 200.000,00) - De R$ 1.311,19 para R$ 412,50.

Fonte: http://tribunadonorte.com.br/noticia/tj-quer-diminuir-custas-cartoriais/213101 
        
Minha Opinião! (fiz o comentário no site TN e não sei se vão publicar)

Boa madrugada, venho apenas lembrar que o Deputado Estadual Fernando Mineiro chamou a atenção dos seus pares, da imprensa e da sociedade sobre os altos reajustes das Custas Processuais. Mesmo assim, foi vencido. Apesar das autoridades e imprensa não lembrarem, nós, cidadãos lembramos da luta do Deputado e hoje, todos confirmam o que ele dizia. Um abuso no aumento das custas processuais que tanto prejudicaram o cidadão do RN. Agradeço pela publicação da minha opinião.

Ludjanio R. da Silva 
 

Garibaldi não insistirá no apoio de Rosalba ao PMDB

Publicação: 25 de Fevereiro de 2012 às 00:00

O ministro da Previdência Social, Garibaldi Filho, um dos principais líderes do PMDB, não vai insistir no apoio da governadora Rosalba Ciarlini ao deputado Hermano Morais, candidato do partido a prefeito de Natal nas eleições deste ano. Ao ser entrevistado ontem no Jornal do Dia, da TV Ponta Negra, o ministro lembrou que já defendeu essa proposta em público, mas a governadora desconversou. "Você sabe muito bem quando há interesse para uma proposta e quando não há. Senti que não há, então não vou insistir", disse Garibaldi, que apoiou Rosalba nas eleições de 2010, quando ela enfrentou o então governador Iberê Ferreira de Souza e venceu no primeiro turno.
Valter CampanatoGaribaldi: grande número de candidatos em Natal reduz possibilidade de alianças no primeiro turno
Garibaldi: grande número de candidatos em Natal reduz possibilidade de alianças no primeiro turno

Aliado do PMDB no plano local, mas adversários na esfera federal, o Democratas, partido da governadora, já acenou em fazer aliança com o pré-candidato do PSDB, Rogério Marinho, apesar de o presidente do DEM, José Agripino, ter esclarecido que ainda não foi fechado acordo em torno de nomes. Como o DEM dificilmente lançará candidatura própria em Natal, o caminho seria apoio aos tucanos. Nas duas vezes em que apresentou candidatos em Natal - em 2000 com Sonali Rosado/Anita Maia e em 2004 com Ney Lopes de Souza/Sonali - o DEM participou como coadjuvante. Em 2000, Sonali teve 11% dos votos válidos; em 2004 o resultado foi ainda pior: 5,7%.

Garibaldi lembou que a candidatura de Hermano Morais é irreversível. "Não sei dos outros candidatos, mas como peemedebista que sou e pelas responsabilidades que tenho, posso dizer que não há a menor possibilidade de Hermano deixar de ser candidato. A não ser que não queira." Ele previu que Natal terá, pelo menos, seis candidatos a prefeito, reduzindo as possibilidades de aliança.  Pela experiência de quem já disputou muitas eleições, Garibaldi considerou "compreensível" o que  chamou de casamentos de ocasiões no pleito municipal deste ano.

Sobre o desgaste político do governo estadual no primeiro ano de administração, como atestam as pesquisas de opinião pública, o ministro disse que a governadora enfrenta uma situação semelhante à enfrentada por ele no primeiro ano de mandato, em 1995. "Eu dizia: meu Deus do Céu! Estou fazendo um esforço muito grande, mas o povo não está entendendo o que estou fazendo. Acho que Rosalba está fazendo um esforço grande" para colocar em prática os projetos de governo.

Garibaldi disse que é testemunha da luta da governadora neste sentido, indo a Brasília, tentendo viabilizar convênios e empréstimos para o Rio Grande do Norte. O ministro, que é senador licenciado, fez um parêntesis para lembrar que não basta apenas um pires na mão e apoio político para conseguir aprovar os projetos junto ao governo federal.

Segundo ele, tem de ter capacidade de endividamento se vai pedir financiamento. Caso contrário, precisa de contrapartida para conseguir os recursos. "E é preciso ter bons projetos. Tenho visto que a governadora tem levado bons projetos ao Banco Mundial, aos órgãos de financiamento nacional. Esta é a saída, tendo em vista que o Estado não tem fluxo de caixa. A arrecadação está comprometida, com o pagamento da folha de pessoal (está no limite) e custeio. O que sobra para investimento é muito pouco."

PREVIDÊNCIA

Otimismo com a reforma

Garibaldi demostrou otimismo com a aprovação do fundo de Previdência Complementar do servidor público na retomada dos trabalhos legislativos. "O projeto deixou de ser aprovado não por culpa do projeto em si, mas por um desentendimento político [na base do governo] que terminou gerando um clima inviável para a convocação de sessão extraordinária. Mas acredito que isso vai ser resolvido na próxima semana."

Garibaldi aproveitou para tranquilizar os servidores federais. Segundo ele, nenhum será atingido por essa medida. "Todos os que atualmente integram o serviço federal serão serão aposentados pelo regime atual, assim como as pensões também regidas pelo sistema atual."

Para o ministro, essa é a medida menos traumática para garantir a saúde financeira da previdência no futuro. Os números mostram que hoje existe um déficit de R$ 60 bilhões para garantir o pagamento de aposentados e pensionistas do serviço público.

Candidatura própria do PT ganha força em Mossoró

Edilson Damasceno - Jornal de Fato

Mossoró - A deputada federal Fátima Bezerra, que faz parte da executiva nacional do Partido dos Trabalhadores, afirmou ontem que não procede a versão de que o partido poderia intervir no diretório municipal em caso de insistência pela candidatura própria em detrimento do apoio à postulação da deputada estadual Larissa Rosado (PSB) à Prefeitura de Mossoró. A afirmação foi feita ao reitor da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), Josivan Barbosa de Menezes, que é pré-candidato ao Executivo pelo PT. O encontro foi convocado por Josivan, que queria ouvir da parlamentar sua opinião sobre os últimos episódios envolvendo a sigla em Mossoró. Ele ouviu que Fátima defende a coligação do PT com PSB e que se o partido optar pela candidatura própria, ela estaria no palanque de Josivan.

Outra afirmação feita pela deputada federal foi de que não havia nenhum acordo entre ela e a também deputada federal Sandra Rosado (PSB) com vistas às eleições de 2014. Segundo Josivan Barbosa, Fátima Bezerra disse que não conversa sobre 2014 antes do pleito eleitoral de 2012. É havia a especulação de que Fátima estaria interessada em coligar o PT com o PSB para ter apoio do "Sandrismo" para uma provável candidatura ao Senado Federal.

A ida de Josivan Barbosa ao encontro de Fátima se deu depois que a corrente "Movimento PT", liderado por ela, apresentou posição contrária à candidatura própria do partido ao Palácio da Resistência. A corrente, em Mossoró, é coordenada pela petista Socorro Batista, que alegou que Larissa teria maior robustez política para agregar partidos em torno do projeto oposicionista.

Sobre a conversa com Fátima, Josivan disse que ficou claro que a deputada federal defende a aliança do PT com o PSB. Contudo, a decisão sobre o futuro caberia ao diretório local e que tudo dependeria da prévia que será realizada no dia 18 de março, quando os filiados vão optar entre a aliança e candidatura própria.

Ala petista lança manifesto de apoio a Josivan

Em meio à divisão do PT mossoroense sobre candidatura própria e o apoio ao PSB, a ala que apoia o projeto de Josivan Barbosa de Menezes lançou ontem um manifesto de apoio ao reitor da Ufersa. "Mossoró, neste ano de 2012, mostra claramente o desejo de abraçar uma proposta de mudança real que contemple a inversão de prioridades, o desenvolvimento sustentável, o planejamento urbano, a cidadania rural, a inclusão social e a transparência no trato com a coisa pública. Este desejo se traduz no palpável cansaço diante de um jogo de faz-de-conta que oferece opções limitadas ao continuísmo e à mesmice, que já não deixam margem a ilusões", diz a nota dos petistas que são solidários a Josivan Barbosa.

Mais adiante, a nota critica a tentativa de coligar o PT com o PSB e diz que, diante do governo Dilma Rousseff, chegou momento em que o "PT em Mossoró precisa mostrar a sua própria face, seu próprio discurso, seu imenso acervo de realizações e suas propostas para fazer por este município o que vem fazendo em prol de um Brasil que já se tornou reconhecidamente muito melhor". O documento divulgado ontem é uma réplica do pensamento já externado por Josivan Barbosa.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Entrevista Fernando Mineiro // "Não faço política como processo de troca

Edição de domingo, 19 de fevereiro de 2012 

Pré-candidato à prefeitura de Natal, o deputado estadual Fernando Mineiro (PT) descartou, em entrevista a'O Poti/Diário de Natal, a possibilidade de união dos partidos que fazem oposição à prefeita Micarla de Sousa (PV) e à governadora Rosalba Ciarlini (DEM) no primeiro turno das eleições deste ano. Segundo ele, a composição ficará para a segunda etapa do pleito. O parlamentar também frisou que não existe possibilidade de desistir da candidatura num acordo para viabilizar o nome da deputada federal Fátima Bezerra (PT) como candidata ao Senado em 2014. Durante a entrevista, Mineiro comentou também a trajetória do PT, as obras de mobilidade para a Copa de 2014, a onda de insegurança que paira sobre Natal e a indicação da prefeita de Mossoró, Fafá Rosado (DEM), para o Tribunal de Contas do Estado (TCE).


Carlos Santos/DN/D.A Press
Como estão as articulações com outros partidos em torno do apoio à sua candidatura a prefeito de Natal?

Nós estamos trabalhando a valorização do partido. Estamos fazendo isso de forma interna, tendo em vista que a campanha externa só começa depois de junho. Estamos mobilizando o PT nas quatro Zonas de Natal, nas categorias e temos feito debates em torno de vários temas de interesse da sociedade com vários setores, desde as favelas até as categorias trabalhistas. Estamos dialogando com os partidos da base da presidente Dilma Rousseff (PT) que são oposição ao governo estadual e ao municipal. A definição se vamos sair só, ou coligados, só em junho, com as convenções.

O senhor iniciou recentemente o diálogo com o PSD, do vice-governador Robinson Faria. As conversas estão adiantadas?

Conversamos com o PSD, o PSB, o PCdoB. Temos conversado. São partidos que ainda não anunciaram suas candidaturas. Respeitamos todas as candidaturas colocadas. Queremos fazer um debate qualificado, de propostas e programas para a cidade. Vamos tentar formar alianças com esses partidos da base que são oposição em nível estadual e municipal. Nós iniciamos as conversas. Mas, definição, só em junho.

A candidatura é irreversível ou ainda existe possibilidade de união das oposições em torno de uma só candidatura que não seja a sua?

Não há possibilidade de composição, de unidade dos partidos da base no primeiro turno. A eleição ocorre em dois turnos. Acho que vai ser bom para a sociedade o lançamento de várias candidaturas. Até porque a base nacional aqui tem característica muito específica: estar aliado em Brasília e não estar aliado aqui. Então, vamos discutir aliança em si no segundo turno. No primeiro, haverá a disputa de projetos.

Esse esfacelamento no primeiro turno não pode enfraquecer as oposições com vistas à disputa eleitoral de 2014?

Não, porque cada eleição é uma eleição. Quem achar que a eleição estadual é reflexo da municipal está equivocado. Cada eleição tem uma dinâmica própria. Evidentemente que o fortalecimento do partido numa eleição tem implicação em outra. Por isso, nós (o PT) queremos nos fortalecer em 2012 para termos uma atitude mais ativa em 2014. A necessidade de fortalecimento do PT nos coloca com a legitimidade para termos nossa candidatura em Natal este ano.

O PT desistiria da candidatura própria se houvesse um compromisso dos partidos aliados com a candidatura da deputada federal Fátima Bezerra ao Senado em 2014? No caso, poderia trocar sua candidatura pela viabilização da dela?

Possibilidade zero. Não faço política num processo de troca. Faço política com afinidades programáticas. Possibilidade zero de ter esse tipo de acordo.

O PT comemorou 32 anos este mês. Qual o saldo desse período de história?

O saldo foi positivo. Se colocarmos na balança os erros e os acertos, teremos muito mais acertos do que erros. Lógico que temos muito o que melhorar, avançar. Mas a contribuição que o PT tem dado ao Brasil nas últimas décadas é importantíssima. Até os adversários mais ferrenhos são obrigado a reconhecer a importância do partido para a história contemporânea do país. Trouxe transformações, avanços e mudanças, quando chegou ao governo central, com um conjunto de partidos em aliança. Faço um balanço positivo. Nós petistas temos muito do que nos orgulhar dessa trajetória. As dificuldades foram muito pequenas.

As concessões e as alianças que o PT fez no decorrer da sua história prejudicaram a imagem diante da sociedade?

As concepções, os princípios e as visões do PT mudaram. Devido à toda fragilidade política do Brasil, um partido isoladamente não tem condições de implantar o seu programa. É preciso fazer um governo de composição. E um governo de composição é um governo de contradições, com disputas internas. Mas, no geral, o resultado da política de alianças foi positivo para o Brasil, haja vista as transformações que aconteceram e estão acontecendo ainda, com o combate às desigualdades, a retomada do desenvolvimento com sustentabilidade, a inclusão do país no cenário internacional, um conjunto de posições que fizeram o sucesso do governo do Partido dos Trabalhadores.

O PT construiu sua história combatendo fervorosamente as privatizações. No entanto, no governo Dilma Rousseff, o partido tem adotado um modelo de concessões, muito similar ao que foi praticado no governo tucano. A adoção desse modelo é o reconhecimento de que no passado o partido errou?

O governo tucano não fez concessões. Fez privatizações. Entregou o patrimônio brasileiro nas áreas estratégicas de desenvolvimento à iniciativa privada. Por exemplo, a área de mineração. O governo da presidenta Dilma tem feito um modelo de concessões diferente das privatizações. Não tem nenhum patrimônio entregue às empresas privadas. Há uma concessão de um período de exploração. Então não há nenhuma relação. Talvez por esperteza, alguns setores da sociedade querem colocar as privatizações do tucanato e as concessões do governo Dilma em pé de igualdade. Mas não há nenhuma relação.

Mas o termo privatização ainda apavora o PT?

O PT tem uma postura totalmente contrária à entrega do patrimônio público. No governo do PT, não existe a atitude que houve no governo tucano de entregar nosso patrimônio a preço de banana. Isso não haverá. Não é questão de apavoramento ou não. É uma posição política. Entendemos que o patrimônio brasileiro tem um papel importante para o desenvolvimento nacional. O que criticamos do governo passado foi o enfraquecimento do estado brasileiro diante do desenvolvimento do país. O que estamos assistindo no governo do PT e aliados é o fortalecimento do Estado. São posições totalmente diferentes.

O governo Lula foi recordista em escândalos de corrupção e o da presidenta Dilma já protagonizou várias irregularidades, provocando inclusive a substituição de vários ministros. Como o senhor avalia a ligação do partido com os atos de improbidade?

A corrupção é uma questão endêmica no estado brasileiro e vem sendo combatida. Tanto foi combatida no governo do presidente Lula, com o fortalecimento das instituições e órgãos de controle, como é combatida no governo Dilma. Tantas vezes quantos surgirem casos de corrupção serão combatidos dentro das formas e parâmetros. O governo tem uma postura muito clara em relação a isso.

O presidente da Assembleia Legislativa, Ricardo Motta, disse, em entrevista a'O Poti/Diário de Natal, na semana passada, que a Casa é o "carro de som, é a voz do povo". O senhor concorda com essa afirmação?

O poder legislativo do Brasil, incluindo a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, tem muito ainda o que fazer para atender às demandas da sociedade. Mas eu prefiro a Assembleia Legislativa do jeito que temos do que um estado sem ela. É preferível funcionar com a precariedade e as deficiências que tem do que não termos o poder legislativo. A Assembleia tem feito esforços. Os deputados têm desenvolvido seus papeis na sociedade. Agora, a Assembleia não é uma ilha, é um reflexo da sociedade. Nenhum de nós chegou aqui por acaso, foi por meio do voto. Eu entendo dessa maneira. Acho que o legislativo vai evoluir com a participação da sociedade. Por enquanto, existe uma postura do eleitor de votar no seu representante e deixar para lá, sem acompanhar, cobrar, fiscalizar. Se perguntarmos hoje, a maioria do eleitorado não sabe em quem votou nas eleições passadas. Temos uma fragilidade política. A Assembleia reflete isso.

Em relação ao Executivo, a população varia muito ao avaliar os governos. Existem uns bem avaliados, outros, mal. Mas o legislativo sempre é telhado de vidro. Deputados e vereadores levam uma grande carga negativa. O que fazer para mudar isso?

Quando a sociedade acompanhar mais o cotidiano da vida das instituições. Temos uma fragilidade institucional que se reflete no Executivo, no legislativo e no judiciário. No legislativo, há uma maior visibilidade, está mais em contato com a população. Talvez por isso receba a carga mais negativa de opiniões. Mas só vai mudar o legislativo quando mudar o Executivo e também o judiciário. Não vejo possibilidade de haver uma mudança sem os demais poderes acompanharem. É preciso haver uma ação mais positiva da sociedade na política. O grau de participação ainda é muito baixo. Isso reflete na escolha dos nossos representantes. Por mais que eu tenha razões para achar que não mudaremos a curto prazo o sistema político brasileiro, não posso abandonar a ideia de uma reforma política para valer. Acredito que o atual sistema não condiz com as demandas da sociedade. Existe a necessidade de uma reforma estrutural na política brasileira, para mudar inclusive o papel do legislativo e das instituições.

Como fazer para essa reforma política ir à frente?

A reforma política depende do Congresso Nacional. Mas, o CN não vai fazer por si só uma reforma política que modifique o atual sistema. Então temos um problema. Se não temos pressão da sociedade, não haverá uma reforma que atenda suas expectativas. Então, se deixar só para o Congresso não haverá reforma à altura dos interesses da sociedade. Enquanto não houver essa pressão, não teremos uma reforma que avance.

Natal vive hoje uma onda de violência semelhante ao que ocorre nas grandes capitais do país. Como o senhor avalia esse momento e as ações do governo para coibir o avanço dessa prática no RN?

Eu acho que a questão da insegurança é nacional. No geral, há uma queda ou estabilização dos índices de violência nos últimos dez anos. Por outro lado, há uma distribuição dos índices pelo Brasil. Há um deslocamento dos grandes centros para as demais regiões e interiores. É um fenômeno que vem ocorrendo. Eu defendo que o enfrentamento da questão da violência seja combatida com planejamento estratégico para curto, médio e longo prazo. Deve haver uma soma de esforços do governo estadual com União e gestões municipais, que também têm um papel importante nesse aspecto. É preciso haver uma ação articulada. Não vejo do atual governo nenhuma ação efetiva para conter a violência. A reação do governo Rosalba foi dizer que vai colocar 1.200 policiais nas ruasde Natal. E os demais municípios? E a estruturação? No meu ponto de vista, falta um projeto. Não vejo investimentos em infraestrutura, tecnologia, informação, contratação de pessoal. Falta uma atitude mais efetiva do governo para combater a insegurança. Falta a gestão entender o papel do estado nesta área.

Em suas reuniões pelos bairros, quais as principais reivindicações e queixas da população que o senhor tem encontrado?

Há um sentimento muito forte de desilusão com a gestão. Micarla foi eleita com grande expectativa de renovação, de um novo modelo. Então, existe esse sentimento em todas as áreas, independente de classe e renda. Há uma desilusão com a gestão municipal. Então, a partir daí vem as reclamações de saúde, educação, mobilidade. Há um sentimento de abandono, existe uma orfandade administrativa na gestão municipal. A deficiência abrange todas as áreas administrativas. Por isso, o trabalho mais importante no processo eleitoral é ter um novo modelo político e administrativo para a cidade.

Qual é o modelo que o senhor pretende implantar se eleito prefeito de Natal?

Meu projeto é composto de vários aspectos, que vão desde a modernização e reestruturação da máquina pública até a reorganização das áreas administrativas. Entram, também, a discussão da área urbana da cidade, as atividadeseconômicas, a sustentabilidade e o papel do município em diversos setores. A infraestrutura e a mobilidade urbana precisam de um projeto. O município também precisa ter atenção especial em relação à Zona Norte, que é a região que mais cresce. É preciso fazer um projeto específico para a região. Tem uma série de questões que estamos conversando e dialogando com diversos setores.

Na área de mobilidade, Natal poderá dar um grande salto com as obras viabilizadas por causa da realização da Copa de 2014. Qual a avaliação que o senhor faz sobre o ritmo de trabalho da prefeitura e do governo neste sentido?

A situação é preocupante. Desde que se iniciou esse debate sobre as questões da Copa, tenho dito que é preciso separar a questão dos jogos das obras de mobilidade. Sou a favor da Copa porque possibilita, se existir uma gestão eficiente do município e do estado, a realização de obras de infraestrutura. Já tenho dito há tempo que, para a Copa ocorrer em Natal não precisa das obras de mobilidade. Os governos estãomuito atrasados. Não tem uma obra de mobilidade iniciada. Natal é a única que não começou. A sociedade e o setor empresarial deveriam cobrar da prefeitura e do governo o andamento dessas obras. A situação é preocupante, é preciso parar de reclamar e agir.

Por que existe essa morosidade?

Por incompetência. Faltam projetos, prioridades, visão administrativa. É isso. Não há outro motivo. Com a retomada dos trabalhos na Assembleia Legislativa, vamos fazer uma audiência pública para tratar do assunto.

Qual a sua opinião sobre a escolha da prefeita de Mossoró, Fafá Rosado (DEM), para ocupar a vaga que a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) tem a prerrogativa de indicar no Tribunal de Contas do Estado?

Lamentavelmente, se repete o padrão de escolher conselheiro do Tribunal de Contas do Estado pelo critério consanguíneo. Existem vários que foram escolhidos por ser parentes de A ou de B, que tinha essa prerrogativa num determinado momento. Eu acho lamentável. Um órgão importante de controle, fiscalização e acompanhamento dos gastos públicos ter seus conselheiros escolhidos desta maneira. Ela está usando a máquina pública para atingir seus objetivos políticos eleitoreiros. Isso é lamentável. Espero que a sociedade reaja, principalmente a população de Mossoró. 
 
Fonte: http://www.diariodenatal.com.br/2012/02/19/politica3_0.php