segunda-feira, 28 de maio de 2012

Deputados governistas dão parecer favorável para contratação de temporários


Na reunião da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa realizada na última terça-feira (22), os deputados da bancada governista deram pareceres favoráveis para dois projetos encaminhados pelo Governo do Estado à casa. Um é a emenda constitucional que propõe a contratação de servidores temporários, e o outro é um projeto de lei que possibilita a entrega de serviços públicos ao gerenciamento de Organizações Sociais.

O projeto que prevê a contratação de temporários tem como relator o deputado Gustavo Fernandes (PMDB). Segundo o documento enviado pelo Governo do Estado à Assembléia, a contratação de servidores terceirizados é necessária para suprir “a falta de profissionais nos quadros da administração”.

A emenda, porém, foi questionada por Fernando Mineiro. Segundo o parlamentar, a proposta é uma contradição do Governo do Estado, que até recentemente alegou estouro do limite prudencial para não contratar servidores concursados. A contratação de concursados é, inclusive, uma das principais reivindicações de categorias que deflagraram greve em maio, como os agentes penitenciários e os servidores da saúde.

"O governo alega que não tem como contratar servidores, mas surge com uma proposta como esta. Afinal, tem ou não limite prudencial?”, questiona o deputado.

Outro projeto de lei que também tramita na Comissão de Constituição e Justiça é a que prevê a contratação de Organizações Sociais (OS) sem a necessidade de licitação. O projeto é um dos que mais tem gerado polêmica entre os deputados, por entregar serviços que seriam de responsabilidade do poder público, como saúde e educação, nas mãos de empresas privadas.
  
 "O projeto encaminhado a esta Casa é a confissão de que o Governo do Estado não tem competência para gerir os serviços públicos e de que há uma tentativa de beneficiar empresas específicas", critica o parlamentar.

O deputado Fernando Mineiro pediu vista para os dois projetos. Ou seja, a votação está suspensa até a próxima terça-feira, quando serão reavaliados pelo parlamentar. Mineiro adianta que reafirmará seu voto contra as duas propostas, pois acredita que elas mostram um processo de “privatização” do Estado.

Depois que passar pela CCJ, os projetos passarão ainda por outras comissões da Assembleia Legislativa, antes de serem submetidos à votação do plenário.
Fonte: Assessoria do Mandato http://www.mineiropt.com.br

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