quinta-feira, 9 de maio de 2013

SP: 44% dos professores sofreram algum tipo de violência, diz pesquisa


O estudo encomendado pelo sindicato dos professores aponta ainda que muitos docentes têm medo de represálias ao denunciar a violência



Os educadores da rede estadual de São Paulo estão em greve; entre as reivindicações da categoria está mais segurança nas escolas Foto: Vagner Magalhães / Terra
Os educadores da rede estadual de São Paulo estão em greve; entre as reivindicações da categoria está mais segurança nas escolas
Foto: Vagner Magalhães / Terra

Uma pesquisa encomendada pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) aponta que 44% dos professores entrevistados já sofreram algum tipo de violência em suas escolas. A mais comum é a agressão verbal, relatada por 39% da categoria. O assédio moral chega a 10% enquanto os casos de agressão física atingiram 5% da categoria.
O bullyning foi citado por 6% dos professores, enquanto 5% passaram por discriminação ou foram furtados. A pesquisa, feita pelo instituto Data Popular entre 18 de janeiro e 5 de março, foi divulgada nesta quinta-feira. Foram ouvidos 1,4 mil professores em 167 cidades do Estado de São Paulo.

De acordo com Renato Meirelles, do Data Popular, durante a pesquisa foi possível pode perceber que muitos professores têm medo de retaliação ao comunicar a violência sofrida. "A maioria dos professores relatam à direção, mas o ambiente de violência é tão presente nas escolas que acaba ficando por isso mesmo, por medo de uma violência ainda maior. Encontramos professores que têm medo de retaliação a fazer a denúncia. Precisamos criar um ambiente em que o agressor não seja visto como um ídolo", disse ele.

De acordo com a pesquisa, os casos de violência mais presenciados pelos professores em suas escolas são os de brigas entre alunos (72%), presenciar alunos se ameaçando (57%), ser ameaçado por algum aluno (35%), ter algum bem pessoal danificado por algum aluno (35%).

Também é comum presenciar alunos sob efeito de drogas (42%), tráfico de drogas (29%), alunos sob o efeito de bebidas alcoólicas (29%), ter conhecimento de gangues (21%), alunos portando armas brancas (15%) e alunos portando armas de fogo (3%).

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