sexta-feira, 2 de maio de 2014

Dilma: Nosso governo nunca será o governo do arrocho salarial

30/04/2014

Em pronunciamento à nação, na noite desta quarta-feira (30), para celebrar o dia do Trabalhador, comemorado neste 1º de maio, a presidenta Dilma Rousseff anunciou um reajuste de 10% para os 36 milhões de brasileiros que recebem o benefício do “Bolsa Família”, deu a notícia da assinatura da medida provisória que corrige a tabela do Imposto de Renda e reforçou o compromisso de continuar a política de valorização do salário mínimo.
 
“Nosso governo nunca será o governo do arrocho salarial, nem o governo da mão dura contra o trabalhador. Nosso governo será sempre o governo da defesa dos direitos e das conquistas trabalhistas, um governo que dialoga com os sindicatos e com os movimentos sociais e encontra caminhos para melhorar a vida dos que vivem do suor do seu trabalho”, destacou. 
 
Economia e Emprego
 
Ao abordar sobre a situação econômica do país, a presidenta afirmou que este será sempre o governo do crescimento com estabilidade, do controle rigoroso da inflação e da administração correta das contas públicas. Dilma afirmou ter conhecimento sobre os aumentos localizados de preços, em especial dos alimentos e que isso afeta as famílias. Entretanto, tranquilizou a todos alertando que isso é temporário e que na maioria das vezes são motivados por fatores climáticos. 
“Posso garantir a vocês que a inflação continuará rigorosamente sob controle (..) também será sempre o governo do crescimento com estabilidade, do controle rigoroso da inflação e da administração correta das contas públicas”.
 
Dilma relembrou que nos últimos 11 anos o Brasil teve o mais longo período de inflação baixa da história brasileira. Este também foi o período histórico em que o país  mais cresceu o emprego e em que o salário mais se valorizou. “Nesse período, o salário do trabalhador cresceu 70% acima da inflação, geramos mais de 20 milhões de novos empregos com carteira assinada, sendo que 4,8 milhões no atual governo. Nesse mesmo período também conseguimos a maior distribuição de renda da história do Brasil”, ressalta.
 
Petrobras
 
Durante o pronunciamento a presidenta também falou sobre a Petrobras. Dilma reforçou que a petrolífera jamais vai ser confundida com atos de corrupção ou ação indevida de qualquer pessoa. “O que tiver de ser apurado deve e vai ser apurado com o máximo rigor, mas não podemos permitir, como brasileiros que amam e defendem seu país, que se utilize de problemas, mesmo que graves, para tentar destruir a imagem da nossa maior empresa”.
 
Dilma repetiu o que disse há poucos dias em Pernambuco: “não transigirei, de nenhuma maneira, em combater qualquer tipo de malfeito ou atos de corrupção, sejam eles cometidos por quem quer que seja. Mas igualmente não vou ouvir calada a campanha negativa dos que, para tirar proveito político, não hesitam em ferir a imagem dessa empresa que o trabalhador brasileiro construiu com tanta luta, suor e lágrimas”.
 
Cinco Pactos
 
A presidenta também tratou sobre os pactos firmados após as manifestações de junho. Dilma descreveu que com o pacto pela educação foi gerada a lei que permitirá que a maior parte dos royalties e dos recursos do pré-sal sejam aplicados na educação. O pacto pela saúde viabilizou o Mais Médicos e já colocou mais de 14 mil médicos em 3.866 municípios. O pacto pela mobilidade urbana que investe R$ 143 bilhões na implantação de metrôs, veículos leves sobre trilhos, monotrilhos, BRTs, corredores de ônibus e trens urbanos.
 
Dilma Rousseff finalizou o pronunciamento anunciando que já encaminhou ao Congresso Nacional uma proposta para consulta pública para acelerar o pacto sobre a reforma política. “Sempre estive convencida que sem a participação popular não teremos a reforma política que o Brasil exige. (...) Quem está ao lado do povo pode até perder algumas batalhas, mas sabe que no final colherá a vitória”.
 
 
Fonte: Portal Brasil

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